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domingo, 24 de janeiro de 2010

Injustiças da língua (e a impunidade)


A Sociedade Feminina Brasileira se queixa do tratamento machista existente na língua portuguesa, e com razão.

Vejam os exemplos:

Cão.............melhor amigo do homem.
Cadela..................puta.

Vagabundo...........homem que não faz nada.
Vagabunda..............puta.

Touro.....................homem forte.
Vaca.....................puta.

Pistoleiro...............homem que mata pessoas.
Pistoleira.................puta.

Aventureiro..........homem que se arrisca, viajante, desbravador.
Aventureira..............puta.

Garoto de rua.........menino pobre, que vive na rua, um coitado.
Garota de rua..........puta.

Homem da vida........pessoa letrada pela sabedoria adquirida ao longo da vida.
Mulher da vida.......puta.

O Galinha...............o 'bonzão', que traça todas.
A Galinha................puta.

Tiozinho................irmão mais novo do pai.
Tiazinha...................puta.

Feiticeiro............conhecedor de alquimias.
Feiticeira..............puta.

Roberto Jefferson, Zé Dirceu, Maluf, ACM, Jader Barbalho, Eurico Miranda, Renan Calheiros, Delúbio.........políticos.
As mães deles................putas.

E pra finalizar:
Puto.....................nervoso, irritado, bravo.
Puta......................puta.


Depois de ler este e-mail:
Homem................vai sorrir.
Mulher................vai ficar puta.

Contra a impunidade
Minha amiga, a jornalista Bruna Lavoura, que foi estagiária na TV Record por um tempo e acaba de voltar dos Estados Unidos, onde viveu os últimos dois anos e meio, enviou esse comentário, que puxo para a página do blog:

Ontem assisti um documentário sobre a Revolução Francesa. Jean-Paul Marat, nascido na Suiça em 1743, era conhecido como um jornalista radical. Ele publicava, em seu jornal, nomes de pessoas inimigas para serem executadas na guilhotina. Até Luís XVI e a rainha Maria Antonieta foram executados pela guilhotina por traírem seu país. Ao ver a guilhotina como modo de punição, fiquei chocada. Como pode alguém ter coragem de matar um ser humano, por mais culpado que ele seja? Ao mesmo tempo, vejo a violência que nosso país enfrenta e me pergunto: não será culpa da falta de punição? O assassinato da cabeleireira Maria Islaine de Morais, de 31 anos, não poderia ser evitado se a polícia tivesse dado mais atenção às oito denúncias de agressões e ameaças que Islaine havia feito? Acredito que enquanto não houver uma melhora na educação, o desrespeito às leis e a nossa falta de segurança vão continuar existindo. Momentos como o que você passou com os motoqueiros Deguis, passarão a ser rotina em nosso dia-a-dia. E sabe qual é o meu maior medo? Que acostumemos com esse tipo de situação e nos acomodemos. Se isso acontecer, nós é que estaremos presos e não os assaltantes.

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