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terça-feira, 27 de abril de 2010

Vida depois dos 54


Pois é, um dia iria chegar, e chegou. Quando eu tinha 20 e poucos anos me perguntava como estaria uns 30 anos depois. Posso dizer que estou melhor do que imaginava, porque nos anos 70 não se tinha idéia de que tal geração saúde iria influenciar nosso modo de vida.

Posso dizer a quem tem curiosidade que quem passa dos 50 não vai acordar no outro dia sentindo dores e sem disposição sexual. Tudo depende do seu corpo, da genética da sua família e, principalmente, da sua cabeça. Pense saudável, positivo, tome atitudes que não façam mal a você nem aos outros e tudo vai correr bem. Curta a vida em sintonia com sua companheira ou companheiro, amigas e amigos, não existe melhor receita.

Samba canseira
Domingo fomos ver o show do Roberto Menescal com a Wanda Sá, no Sesc Vila Mariana. Só bossas lentas, do novo disco. Menescal, figura fundamental da bossa nova, até brincou com o ritmo: chamou algumas de samba canseira, em alusão ao tradicional samba canção.

Menescal e Wanda, já passados dos 60, destilavam alegria de fazer o que fazem, de interpretar uma música que não morre, e até hoje é tocada em todos os cantos do planeta. A foto aí em cima não me deixa mentir. Podemos viver bem, mesmo depois dos 50, dos 60... É isso, abraço a todos e até a próxima.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Odeio restaurante com cerveja long neck


Nunca gostei de sites ou postagens com alguma coisa que expresse ódio, mas desta vez não vou conseguir evitar engrossar esses odiáveis espaços na internet. Não é um ódio messiânico, étnico, nem mesmo etílico. Só uma forma de expressão de desagrado com alguma coisa.

Acho deselegante e até mesmo desonesto, da parte dos comerciantes, oferecer apenas cerveja long neck aos seus clientes. A mim parece que o único objetivo é lucrar mais, quando o dono do restaurante deveria se interessar em oferecer múltiplas opções aos clientes.

No Brasil já temos poucas opções de cervejas, geralmente só as comuns. Você raramente encontra uma boa cerveja escura ou algum tipo mais encorpado. Restaurantes em bairros bons, como Vila Mariana, Paraíso, Pinheiros, deveriam ser diferentes, já que recebem um público mais qualificado, pelo menos no bolso.

Centro Cultural Rio Verde
Gostaria de recomendar um local muito interessante de São Paulo, escondido numa pequena rua entre Pinheiros e Vila Madalena, atrás do Cemitério São Paulo. Trata-se do Centro Cultural Rio Verde, na rua Belmiro Braga 119, fone 3459-5321. Foi construído por um artista serralheiro, que prega a arte multidisciplinar. Você entra por um jardim com coreto, tem bar/restaurante e vários espaços para música, vídeo, biblioteca, enfim, um lugar realmente diferente e especial. Na foto acima, copiada do site do Rio Verde, dá para ver uma ambientação do local.

A programação é eclética, com muita música, teatro e atividades ligadas ao vídeo e ao cinema. Vale a pena visitar, numa tarde de sábado ou domingo pode se tornar um passeio inesquecível. Para mais detalhes consultem o site: www.centroculturalrioverde.com.br/site/. Valeu, um abraço e até a próxima. Ah, em tempo: lá não tem só cerveja long neck.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

O sonhador não está sozinho


Qualquer um com mais de 50 vai se lembrar dos episódios traçados no documentário "The US vs John Lennon", em cartaz em São Paulo. O mix de imagens da guerra do Vietnã, com a luta pelos direitos civis de Martin Lutter King e dos Panteras Negras com as músicas engajadas de Lennon nos fazem estremecer na cadeira, lembrando de nossa adolescência vivida entre os anos 1960 e 70.

Recomendo a todos que gostam de revisar a história, mesmo porque este filme traz imagens de arquivo inéditas, que nos permitem entender melhor o que acontecia concomitantemente com Lennon e Yoko Ono, a mídia, o povo e o governo dos Estados Unidos. Nixon emerge inicialmente em 1968 como uma promessa de que a paz finalmente será atingida e o morticínio inútil no Vietnã vá terminar. Depois fica marcado pelo escândalo do Wattergate e a renúncia.

Guerra e paz. Um debate que continua vivo até hoje, quando os americanos se atolam numa guerra ao terror difícil de ser entendida e mesmo defendida. Fica a pergunta: será que os Estados Unidos aprenderam algo com seus erros daquele momento?

As cenas com Lennon e Yoko Ono na cama, nas suas manifestações, são antológicas. Realmente imperdível. O documentário foi roteirizado e dirigido por David Leaf e John Scheinfeld, com cenas de arquivo valiosíssimas e depoimentos atuais de sobreviventes do período analisado. Yoko facilitou as coisas para os diretores e produtores e nos ajuda a viver, novamente, aqueles anos conturbados.

Mesmo panfletário e engajado, Lennon não parece ingênuo quando afirma que é um sonhador, mas não é o único. E conclama todos a se juntarem às manifestações pela paz. Será que não é disso que precisamos, outra vez, neste momento? Afinal, para viver mais e com realização é preciso ter objetivos. E os bons propósitos ainda são aquilo que deveria nos mover à frente. Abraço e até a próxima.