Voltando à ativa depois de um bom tempo, quero usar esse espaço para pensar, falar, comentar, opinar, não só sobre os temas que interessam aos maiores de 50 mas sobre o momento que vivemos nesse país. Na verdade, nós, os maiores de 50, temos uma grande responsabilidade, mesmo porque o Brasil em que vivemos hoje não é exatamente aquele pelo qual lutamos quando tínhamos menos de 30, quando éramos jovens (se bem que, de certa forma, continuamos jovens, apenas somos jovens há mais tempo).
"Trabalho com inspiração para decidir o que filmar, criação para executar o filme e compartilhamento, para levá-lo ao público"
Mas, por enquanto, quero
marcar esse retorno com uma dica de filme que está em cartaz e que diz muito
sobre o talento dos artistas visuais. Trata-se de "Varda por Agnès",
conduzido e dirigido pela artista belga que morreu aos 90 anos no fim de março
deste ano. Eu não conhecia muito sobre ela até assistir seu último filme,
"Visages, Villages", de 2017, ano em que ganhou um Oscar honorário
pelo conjunto da obra.
Foi diretora importante da
Nouvelle Vague, movimento francês a partir dos anos 1960 em que jovens
diretores transgrediam regras clássicas do cinema comercial. Varda se alinhava
com cineastas consagrados como François Truffault, Jean Luc-Godard e Claude
Chabrol, só pra citar alguns.
De cineasta consagrada passou
a produzir instalações artísticas criativas e de certa forma
revolucionárias, como precursora de manifestações que vemos nas bienais
de arte e em institutos pelo mundo todo. Quem gosta de cinema não deve perder.
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